
Estudo na íntegra: https://rvq.sbq.org.br/pdf/v14n5a14
(Tradução do resumo do artigo científico):
Esta revisão elucida as propriedades biológicas notáveis das AgNPs, as quais destacamos as antibacterianas. Estudos indicam sua atividade e eficácia também nas bactérias como P. aeruginosa multirresistente, E. coli resistente à ampicilina e S. pyogenes resistente à eritromicina. Trata-se de uma alternativa promissora para novos agentes antimicrobianos de alta eficiência para bactérias. Estudos indicam o uso seguro in vivo e no corpo humano. Diversos estudos sobre a forma de atuação das AgNPs têm mostrado que sua eficácia bactericida está relacionada com a faces {111} e, por isso, morfologias que possuem maior quantidade desta, como os nanopratos triangulares, têm maior atividade antibacteriana em comparação com as nanopartículas esféricas do mesmo tamanho. Na análise dos estudos envolvendo as AgNPs, tanto em nível químico, farmacológico, biológico e toxicológico, observou-se que as AgNPs apresentam comportamentos e mecanismos distintos do íon prata (Ag+). Do ponto de vista do controle de qualidade, incluindo todos os estudos envolvendo AgNPs, deve-se considerar a identificação e quantificação dessas espécies.
Com relação às propriedades físico-químicos das AgNPs, esta revisão abordou fatores extrínsecos e intrínsecos que afetam a estabilidade das AgNPs e algumas premissas foram alcançadas. A temperatura ideal de armazenamento é 5 ± 3 °C e longe da luz. O pH ideal é alcalino entre 9,0 a 10,0, PZ > |30| mV e viscosidade do meio a 5°C em torno de 20 cP seriam fatores que contribuiriam, sem dúvida, para a melhor estabilização das AgNPs. Assim, a escala nanométrica abre caminho para o desenvolvimento de novos fármacos e biofármacos de última geração, e a estabilidade das AgNPs é um fator imprescindível para as suas diversas aplicações.
Gabriel Mustafá Misirli, Beatriz Ferreira de Carvalho Patricio, Shirley de Mello Pereira Abrantesc. Revista Virtual de Química.